No amor busquei palavras
Nos sonhos inspiração
Para versar esta história
De ódio, amor e perdão
Conforme aconteceu
E com toda emoção
No ano de trinta e nove
Nas terras das Alagoas
Às margens do Rio Mangaba
Na Fazenda Vilas Boas
Vivia um fazendeiro
Com a filha e a patroa
Dolores a filha única
Deste abastado casal
Herdeira de todos os bens
De beleza sem igual
Parecia uma princesa
Ou um anjo divinal
Por ser bela e muito rica
Vivia sem liberdade
Sem amigos e diversão
Escondendo a vaidade
Na dureza dos seus pais
Perdendo a mocidade
Devido à solidão
E a vida de encarcerada
Dolores se maldizia
De ser bela e abastada
Pois tudo o que lhe restou
Foi ser aprisionada
Olhava o mundo de longe
Pelas grades da janela
Ouvia o som do riacho
E dizia: _A vida é bela
Mas tudo era tão difícil
E nada era pra ela
A Fazenda Vilas Boas
Era a força da região
De lá saiam produtos
Pra abastecer a nação
O gado, o leite e o queijo
Arroz, café e feijão
Antenor o proprietário
Já tinha por tradição
Atendia todo mundo
Encostado no portão
Um olho na caderneta
E outro no cidadão
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